Paz
Se há algo que a humanidade anseia desde a queda do homem ante o pecado é Paz. Alguns, depois de buscá-la por toda a vida, acabam tendo sua lápide escrita com a famosa frase: “Descanse em paz”, na esperança de que ao menos após a morte ele ou ela venha receber o que tanto queria, após uma vida inteira de lutas e dificuldades. A vida de Jesus, entretanto, é o próprio paradoxo desta idéia. Não houve pessoa que, durante o tempo que viveu, esteve sob pressão e enfrentou sofrimentos maiores. O tempo todo estava sendo testado e pressionado pelos fariseus, sua atenção era disputada pelas multidões e pelos discípulos. Enfrentou ataques e não tinha onde repousar, até ser açoitado e morto com o tipo de execução mais cruel do império romano, a crucificação. Mas sempre que lemos sobre sua vida, suas atitudes e reações, uma paz inabalável é irradiada dos textos dos evangelhos para dentro dos nossos corações. Uma paz que nunca deixou de estar lá. Este é o tipo de paz que Jesus nos dá através do fruto do Espírito.
Pergunta: Há alguma coisa que costuma te irritar muito? O quê?
Neste estudo, vamos entender melhor e também experimentar a paz verdadeira que está à nossa disposição através do Espírito de Cristo.
1) A paz autêntica vem só de Deus.
Paz não se compra. Jesus a dá de graça como resultado de um relacionamento restaurado com Deus. Um autor britânico uma vez escreveu: “a ideia popular é que a parte mais quente da Inglaterra está no centro da ilha, longe das águas frias e ventos cortantes do mar inconstante. Mas o fato científico é justamente o contrário. O mar tem uma influência benigna, equilibrando o clima do litoral. O lugar mais frio na Inglaterra, de acordo com os gráficos, é bem no coração da ilha. Há certa graça que vem às praias de nossa vida e bate, sim, até chicoteia, ali; e ela tem mais do amor imutável de Deus embutida nela do que em todas as afeições que adoçam as ilhas da vida. Mar e terra certamente se encontram na tempestade, mas a nossa paz se encontra em meio a este turbilhão.” P. T. Forsyth.
Leia João 14:25-27 e João 16:33.
a) De acordo com as palavras de Jesus no trecho de João 14, o que é esta paz duradoura que receberemos de Cristo?
b) Diante de um mundo tão caótico e violento, como podemos evitar que nossos corações fiquem aflitos ou com medo?
c) Como a vitória de Jesus sobre o mundo pode nos dar paz, ainda em meio ao sofrimento?
2) A autêntica paz que vem de Deus é diferente de como o mundo conhece paz.
O mundo define paz de forma negativa, como sendo a ausência de conflitos, seja a discussão de um casal ou a guerra entre duas nações. A paz autêntica que temos em Cristo, entretanto, é positiva: é a plenitude de vida que recebemos em Cristo através de sua morte e ressurreição. Corrie Ten Boom, lançada num campo de concentração nazista por ter escondido judeus em sua casa durante a 2ª Guerra Mundial, escreveu sobre a paz que recebia de Cristo mesmo nas condições mais terríveis. Em um de seus livros ela descreve: “Eu olhava para Jesus e a pomba da paz entrava em meu coração. Eu olhava para a pomba da paz, e eis que... a paz ia embora.” (a referência que ela faz à pomba da paz não é à figura do Espírito Santo, mas à paz em si).
Quando firmamos nossa paz em qualquer outra coisa que não seja Jesus Cristo, ficaremos frustrados.
Leia Colossenses 3:15-17.
a) Como podemos deixar que a paz de Cristo seja o árbitro de nosso coração (ou o domine, como em algumas traduções)? Os vv. 16 e 17 têm alguma ligação com isto? Como?
b) A palavra de Deus, a instrução mútua, o louvor e a gratidão podem produzir paz em nossas vidas (v. 16)? Como?
c) Com qual afirmação você mais concorda?
1) Eu acho mais difícil ter paz quando as coisas estão caóticas.
2) Eu acho mais difícil ter paz quando não sei para onde minha vida está caminhando.
3) Eu acho mais difícil ter paz quando estou experimentando uma injustiça.
4) Eu acho mais difícil ter paz quando as pessoas à minha volta perdem a razão.
Por que você escolheu tal opção? Você se vê concordando com mais de uma afirmação? Comente.
3) A autêntica paz vai além de todo o entendimento humano.
Assim como a alegria do cristão, a paz também não depende de circunstâncias externas. Um missionário que trabalha numa zona de conflito no Oriente Médio escreveu o seguinte em uma de suas cartas de oração: Os conflitos e as mortes deixaram um profundo sentimento de desencorajamento na região e muitas vezes temos nos aproximado das zonas de conflito mais do que gostaríamos. Ontem uma amiga compartilhou algo que viu e que a lembrou do cuidado de Deus conosco. Ela viu um pastor que cuidava de seu rebanho de ovelhas perto de uma região onde havia intenso tiroteio. Toda vez que tiros eram disparados as ovelhas corriam assustadas. O pastor as tocava com o cajado e lhes falava calmamente, reunindo uma a uma no rebanho, que ficava quieto à seus pés, confiante. A cena se repetiu por diversas vezes, e sempre o pastor fazia questão de reafirmar à suas ovelhas de que estavam em segurança.
Nós somos como aquelas ovelhas e constantemente dependemos das palavras de segurança do Senhor Jesus para nos manter seguros e em paz no rebanho.
Leia Filipenses 4:4-7.
a) Você já experimentou uma ocasião em que se sentiu cheio de paz, mesmo em uma situação que não comunicava paz alguma a você? Qual foi sua fonte de paz, então? Compartilhe a experiência.
Para aquele que não conhece a paz que há em Cristo, pode parecer loucura ficar tranquilo e confiante quando tudo à sua volta está desmoronando. Totalmente diferente do processo de negação da
realidade, a paz do Espírito nos faz encarar os problemas com o coração sereno, confiantes que Jesus dará forças para suportá-lo e, a seu tempo, abrirá um caminho para solucioná-lo.
Decisão final: Compartilhe com alguém do grupo alguma luta ou problema que está tirando sua paz
e orem juntos pedindo que a presença do Espírito Santo se manifeste no Fruto da Paz.
Fonte de estudo: 8 IP de BH
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